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Actividade autárquica do Bloco de Esquerda no concelho de Braga - Mandato 2005/2009


segunda-feira, dezembro 03, 2007

Obras na Variante Sul - Intervenção de Carlos Teles

Achámos por bem trazer a esta Assembleia um dos grandes casos do quotidiano recente da nossa cidade. Caso grande porque implicou e implica enormes prejuízos para milhares de bracarenses e para muitos visitantes. Referimo-nos às obras que se prolongam há um mês nas Avenidas Frei Bartolomeu dos Mártires, Salgado Zenha e Miguel Torga, ou seja, na Variante Sul, popularmente reconhecida como a Rodovia do Carrefour.
Não valerá a pena retratar os efeitos da obra, todos os presentes serão deles testemunhas, ainda hoje o terão comprovado: todo o trânsito automóvel transtornado, um pandemónio inaudito, tanto no centro como nos acessos à cidade.
A irracionalidade no tempo e no modo da empreitada foi em devida altura denunciada pela concelhia do Bloco de Esquerda. Em comunicado do dia 12 de Novembro declarámos:
“O caos hoje verificado na entrada norte da cidade, com uma fila de quilómetros, é resultado da total ineficácia da Câmara na gestão das obras de repavimentação da “variante sul”.
Para prevenir os constrangimentos de tráfego provocados, algumas medidas básicas deveriam ter sido tomadas:
1 – Comunicar aos condutores de forma ampla e atempada o encerramento de vias, nomeadamente recorrendo a outdoors colocados nas principais vias.
2 – Coordenar com as autoridades de trânsito e a polícia municipal a regulação do tráfego e a indicação de percursos alternativos.
3 – Reforçar as linhas de autocarros, atraindo passageiros com a abertura de parques de estacionamento gratuitos à entrada da cidade, uma medida que, aliás, deveria ter carácter permanente.”
O presidente da câmara, questionado sobre estas declarações do BE, respondeu, ao Diário do Minho de 14 de Novembro, que não merecia comentários.
Nós, como os cidadãos comuns, não percebemos a razão ou razões para o encerramento de um sentido das vias, quanto mais, como aconteceu em alguns dias, o encerramento em simultâneo dos dois sentidos. A não ser que a razão fosse uma gigantesca operação de “marketing” político: o senhor presidente da câmara quisesse demonstrar à saciedade e a todos os bracarenses que, afinal, e contra o que insinuam os seus detractores, até faz obra. Ficámos convencidos que faz, mas obra mal feita.
No dia 16 de Novembro, o Jornal de Notícias informou, e cito: “O caderno de encargos para as obras na chamada Variante Sul, que compreende a repavimentação de três quilómetros fulcrais para o escoamento de tráfego da cidade, não está a ser cumprido. Conforme acordado entre a Câmara e a firma Alexandre Barbosa, SA, a empreitada, entre outros itens "desrespeitados", devia ter decorrido exclusivamente em período nocturno, aliviando o caos no trânsito e os prejuízos para os condutores.
De acordo com o caderno de encargos, essa intenção foi, de facto, equacionada, mas não cumprida. Além da obrigatoriedade de trabalho a efectuar apenas das 20 às 8 horas, o contrato também previa a garantia "obrigatória" de duas faixas sempre operacionais, o que não se tem verificado.” E a conclusão da notícia é, e volto a citar: “Entre alguns concorrentes, há a convicção de que a firma escolhida pode sair beneficiada destas alterações, por ter apresentado a proposta mais baixa e não ter, agora, de pagar, por exemplo, horas extraordinária a parte dos trabalhadores, relativas aos trabalhos em período nocturno.”
Tanto quanto sabemos, esta notícia também não mereceu comentários ao senhor presidente da câmara, muito menos um desmentido. Nós é que queremos comentar, e actuar em conformidade, por isso ficamos à espera de saber que contrapartidas rectificativas, se não indemnizatórias, a câmara de Braga, na hora de pagar, vai exigir à empresa ABB, que, tudo o indica, não cumpriu o contrato.
Isto sem prejuízo do apuramento de outras responsabilidades.

2 Comments:

At 05 dezembro, 2007, Anonymous Anónimo said...

Em pleno século XXI pensei que não fosse possível os cidadãos serem tão maltratados. Esta obra é uma vergonha . Nem ao diabo lembra que sejam retirados pisos numa das principais vias da cidade para os veículos andarem por caminhos de terra. E as ruas que vão dar à variante não mereciam também serem sinalizadas a alertar que nos iamos aproximar de uma zona de obras?
Somos mesmo um país de brandos costumes, pois se calhar noutro país onde alguém tentasse fazer algo igual provavelmente os condutores já se tinham organizado e bloqueado totalmente o transito até que alguém lhe desse condições mínimas de circulação. Felizmente ainda não aconteceu nenhum acidente grave na circular térrea, e também o S. Pedro tem ajudado, com uma chuvinha então é que vai ficar maravilhoso.
Será que uma obra deste género não merece que se trabalhe 24 sobre 24 até que esteja terminada para que os cidadãos não vejam as suas vidas transtornadas por tanto tempo?
Uma curiosidade , não é obrigatório junto de uma obra pública a afixação do tempo de execução, custo da obra, finalidade, quem é a entidade responsável.

Agora quando já estava quase a terminar, voltam a removar pisos e acolocar novamente...é incompreensivel e surreal o que se tem visto nesta obra.
Só servimos mesmo para pagar impostos e multas de restos direitos....nenhuns.


Pobre democracia que te estão a matar devagarinho.....

 
At 14 março, 2008, Anonymous Anónimo said...

Desculpem:
passei para conhecer o blog e alertar que o AUTISMO EXISTE.

AROMAS DE PORTUGAL

"O Autismo é definido como “uma desordem neuro-desenvolvimental caracterizada pelo enfraquecimento nas relações sociais, linguagem, e pela presença de um comportamento repetitivo e estereotipado."


saudações e um sorriso

 

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