Parcerias público-privadas em Braga
O anúncio de que o Orçamento de Estado para 2008 contém um novo artigo determinando que “a participação de municípios em empresas com privados terá implicação nos cálculos do seu endividamento”, vem, a confirmar-se, impedir a negociata que a Câmara de Braga se prepara para levar a cabo.
O Bloco de Esquerda denunciou oportunamente esta manobra como uma tentativa de resolução do problema da dívida crescente e incontrolável da Câmara, em grande parte decorrente dos investimentos megalómanos no novo estádio e na remodelação do Teatro Circo. Mesquita Machado pretendia, simultaneamente, contribuir para a saúde financeira dos empreiteiros de Braga, agora que o mercado de habitação vai deixando de ser a galinha dos ovos de ouro.
Esta notícia foi aproveitada pelo PSD de Braga para se pronunciar contra a parceria público-privada, invocando as queixas apresentadas junto do Governo, Parlamento, Tribunal de Contas e Comissão Europeia, mas, em abono da verdade, é conveniente que não se esqueça que a coligação de direita, que ambiciona substituir o PS na autarquia bracarense, não é contra o princípio da privatização mas apenas contra o modelo monopolista proposto pela Câmara. E, por essa razão, o Bloco de Esquerda considera indispensável relembrar aos bracarenses que não devem iludir-se com os cantos de sereia de PSD e CDS, porque estes partidos estiveram e estarão sempre coniventes com a privatização do município, conforme já se viu no caso da AGERE, e como têm aventado, por exemplo, para o Parque de Exposições.
O Secretariado Concelhio de Braga do Bloco de Esquerda
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