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Actividade autárquica do Bloco de Esquerda no concelho de Braga - Mandato 2005/2009


segunda-feira, dezembro 26, 2005

Se o ridículo matasse…

Veio a público na Comunicação Social um patético comunicado da TUB-EM, procurando explicitar o conceito de “tempo de espera” e considerando que o problema dos autocarros em Braga não é andarem atrasados… é serem poucos.
É desta forma ridícula que reage a empresa municipal responsável pela qualidade dos transportes públicos no concelho, em lugar de adoptar - ou reivindicar junto da Câmara a adopção - medidas que permitam eliminar ou reduzir ao mínimo possível atrasos e tempos de espera.
É isso que se espera de uma administração de nomeação política, como reconheceu Mesquita Machado em resposta ao BE na Assembleia Municipal, e com remuneração equiparada a vereador a tempo inteiro. Convenhamos que são rendimentos e tempo suficiente para definir uma estratégia para a melhoria dos transportes públicos…
Tal como o Bloco de Esquerda afirmou na última sessão da Assembleia Municipal de Braga, as opções deste executivo em matéria de transportes e mobilidades têm todas as marcas do mais banal conformismo e do maior vazio de ideias. Os transportes públicos estão relegados para um papel residual, destinados a utentes pobres da periferia da cidade, a jovens em idade escolar, a idosos reformados. A baixa qualidade do serviço parece reflectir a consideração que esta população merece a esta câmara municipal.
Atempadamente o grupo municipal do Bloco de Esquerda apresentou propostas para o Plano camarário de 2006, defendendo, no âmbito do projecto BragaDigital - Gestão dos Transportes Urbanos de Braga, o desenvolvimento de um sistema digital de informação sobre o tempo efectivo de espera do utente na paragem de autocarro. E fizémo-lo porque sabemos, como sabem os bracarenses que utilizam os TUB, que os tempos de espera são longos e, ainda pior, em muitos casos imprevisíveis.
De forma mais abrangente, o BE propôs também o investimento em transportes eléctricos, que façam face, entre outros, ao futuro de escassez e carestia dos produtos petrolíferos, bem como à necessária redução das emissões de gazes poluentes.
A evidência que fica é a de que, com estes atrasos e tempos de espera nos autocarros de Braga, e com esta câmara, também nos transportes ainda não chegamos ao século XXI.

O Grupo de Trabalho Autárquico do Bloco de Esquerda - Braga